Maria José celebra a troca de saberes / Foto: Divulgação Barefoot College

A agroextrativista Maria José vem de uma comunidade composta por cerca de 33 famílias, todas de alguma forma relacionadas entre si. Ela descreve sua comunidade como um lugar seguro e pacífico e é mãe de 7 e avó de 12. Durante a juventude, as oportunidades de estudo eram escassas e Maria cursou apenas as séries primárias. Hoje, seus filhos possuem mais chances de seguir os estudos e, quando receberem luz para estudar quando o sol se põe, as chances aumentam ainda mais.

Aos 45 anos, Maria José está aprendendo diariamente e alcançou grandes vitórias, como escrever seu próprio nome. A leitura inicialmente foi um grande desafio para ela, mas seguindo a expressão “learning by doing” (que em tradução livre significa aprender na prática), ela superou os obstáculos. Partiu para o continente asiático em agosto do ano passado e retorna no próximo dia 17 de março.

Fontes de eletricidade limpa, movida a energia solar irão melhorar os modos de vida da sua comunidade. O gerador de energia comunitário frequentemente ficava sem combustível em razão do alto valor ou apresentava defeitos nas peças.

Quando o gerador não funcionava, ela não podia costurar à noite. O curso de Engenharia Solar realizado por Maria na Índia, permite que venda sua força de trabalho e desenvolva outros meios de subsistência que são afetados pela falta de fontes de luz.

Maria José relata que sempre irá recordar a gentileza e a disponibilidade da equipe e dos professores em Tilonia, onde aprendeu que o mais importante é pensar nos outros, não apenas em si mesma.

Tradução: Maysa Leão